quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ONDAS CRIADAS PELO VENTO

São aqueles que mais nos interessam e para as quais os surfski foram criados.
Quando o vento sopra, as tensões por ele criadas (fig.5) deformam a superfície do oceano sob a forma de pequenas ondas com cristas arredondadas e cavas em forma de "V" e com comprimentos de onda muito curtos, inferiores a 1,74 cm. Chamam-se rídulas (ripples) e a tensão superficial da água tem tendência a destruí-las, restaurando a superfície lisa da água (fig. 6, parte esquerda).
Fig. 5 - Transmissão da energia do vento para as ondas

À medida que estas ondas se desenvolvem, a superfície do mar ganha um aspecto irregular, o que permite uma maior exposição ao vento e uma maior transferência da energia do vento para as águas. Quando essa energia aumenta desenvolvem-se ondas de gravidade. Estas têm comprimentos de onda superiores a 1,74 cm e uma forma sinusoidal (fig. 6, parte média). Uma vez que atingem uma maior altura, a gravidade torna-se a principal força de restauração da superfície, daí o nome de ondas de gravidade.
Se a energia que lhes é fornecida aumentar, a altura da onda aumenta mais do que o comprimento. Assim, as cristas tornam-se pontiagudas e as cavas arredondadas (fig. 6, direita).
Fig. 6 - Ondas de capilaridade e de gravidade

A energia do vento faz aumentar a altura, comprimento de onda e velocidade das ondas. Mas quando a velocidade das ondas iguala a dos ventos, já não é adicionada mais energia à onda, que atinge então a sua maior dimensão. A zona de origem das ondas (em inglês designa-se como "sea") é caracterizada por uma superfície eriçada por ondas de pequeno comprimento de onda, com ondas movendo-se em várias direções e com diferentes períodos e comprimentos de onda (fig. 6). Este facto deve-se à acentuada variação da direção e velocidade do vento.
Outros fatores que condicionam a energia das ondas são a duração do impulso do vento numa dada direção e fetch (distância em que o vento sopra na mesma direção).

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