terça-feira, 7 de agosto de 2012

O VENTO E O WINDGURU


Há 2 tipos de vento: o vento onshore e o offshore. O vento onshore sopra do mar para terra e o vento offshore sopra da terra para o mar. Por exemplo, na Póvoa do Varzim, um vento de Este é offshore e um vento de Oeste é onshore.

O vento onshore vai tornar o mar agitado e instável e não te vai parecer muito agradável para remar mas está a empurrar-te de volta para a costa, ao contrário do vento offshore que deixa o mar liso e calmo e a convidar a uma remada mas que te vai empurrar para longe da costa, por isso, essencialmente é preciso ter em conta que o vento offshore é o mais perigoso.

É muito importante ter sempre a noção de como está o vento, especialmente se for um vento offshore que te empurrará para longe da costa e por isso não te deves aventurar para muito longe se te estiveres a iniciar na modalidade ou a utilizar um surfski mais instável do que aquele que estás habituado porque pode ser muito difícil regressar para perto da costa.

Quem quer aproveitar as características do surfski e usá-lo em trajetos a favor do vento para aproveitar as condições de mar e de vento a seu favor tem no windguru uma aplicação indispensável. É importante saber quais as condições que vamos encontrar e onde devemos entrar e sair para fazer o melhor trajeto a favor do vento.

Neste post vamos falar um pouco sobre como interpretar toda a informação que o windguru nos fornece. Como já falámos aqui a intensidade e direção do vento influenciam a ondulação.

Na imagem podemos ver toda a informação que o windguru nos dá.



Velocidade do vento: Média da velocidade do vento em 10 minutos a 10 metros acima da superfície do mar. Normalmente ventos inferiores a 10 nós não têm força suficiente para levantar ondas que permitam surfar sem grande esforço. Ventos muito fortes (superiores a 25 nós) requerem alguma destreza, por isso, se ainda te estás a iniciar convém teres atenção redobrada e utilizares todo o equipamento de segurança indicado aqui.

Rajadas: velocidade dos ventos fortes e de curta duração.
Direção do Vento: Quando a seta aponta para baixo No vento sopra de Norte para Sul. Exemplo para vento Sudoeste:SWO vento predominante na costa Ocidental é de N (Norte) e na costa sul é de NW (Noroeste) o que provoca boas ondas para surfar nas duas costas, exceto nas baías protegidas, claro.

Ondulação: Altura significativa da vaga em metros: representa a altura média (da crista à cava) de um terço das maiores vagas no local. Tens que ter em conta o local onde queres entrar e sair da água. Se for uma praia protegida da vaga não tens problemas mas se a vaga entrar diretamente na praia convém teres algum cuidado co ondas de tamanha superior a 1,5 metros.

Período da Vaga: Período entre cristas em segundos. É o período das vagas dominantes, resultante do seu espectro de energia; podem ser "vagas de vento" geradas localmente (no caso de existirem fortes ventos locais) ou vagas marítimas geradas noutro local. Quando o período é pequeno (abaixo dos 10 segundo) as ondas têm menos energia mas é mais fácil surfá-las ao largo. Quando o período da vaga é superior a 10 segundos, a vaga desloca-se com mais energia mas se não houver vento (a criar ondaslocais) torna-se muito difícil surfar estas ondas.

Direção da Vaga: direção das vagas dominantes. Aplica-se a mesma interpretação da “direção do Vento”. 

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